quarta-feira, 27 de março de 2013

Lerê Lerê - Escravos sim!

A maioria de vocês já deve ter me ouvido falar a respeito da escravidão das 8 horas de trabalho. Já devem ter me visto questionar este capitalismo absurdo que domina o mundo. E talvez já tenham tido que me agüentar reclamar do quanto a vida é injusta quando somos obrigados a viver apenas 5 horas dela de fato (já que passamos 8 dormindo, 9 trabalhando com o horário de almoço, 2 nos locomovendo, já que a maioria leva uma hora para ir e uma para voltar no transporte).

Bem gente, eu cheguei bem perto do meu limite. Eu sei que reclamei muito aqui a respeito da instabilidade da minha profissão e também sei que não estava feliz em como as coisas caminhavam. Mas a dor agora é lancinante e tira até o meu desejo de fazer outras coisas.

As 8 horas tornaram-se infinitas. O entra e sai do carro não acaba, as anotações de tudo não param, as procuras e observações não tem fim. As 5 horas que restaram não servem mais para nada, já que eu tenho vontade de passar boa parte delas chorando.

E eu não sei se o meu imediatismo complica ainda mais as coisas, mas permanecer só mais um tempo (mesmo sem saber quanto) já está difícil o suficiente.

E neste momento eu olho para dentro de mim e me pergunto, e agora, o que fazer?

É uma busca a respeito de quem eu sou, do que quero, do que me trará mais serenidade e felicidade. Sempre me pergunto se as pessoas acertam realmente de cara e são felizes ou se a maioria delas se conforma e age com se fosse a coisa mais comum do mundo.

Sempre me questiono a respeito daquela super felicidade de fazer o que gosta e confesso que também não acredito nela. Toda obrigação é incomoda. Todo trabalho remunerado é um pouco degradante. Não há prazer, há apenas o que somos capazes de suportar.

E para suportar tudo isto, eu penso nos aprendizados, nas melhoras, nos desafios e nas informações que eu ofereço para tantas pessoas. Eu penso na minha utilidade, no meu futuro e nos meus próximos sonhos. E é assim, que a gente vai levando.

Uma saída é fazer aquilo que não te incomoda e que complementa a sua filosofia de vida. E é por isso que voltar para o Pilates tem se tornado uma alternativa tão convincente. Pq eu acredito nos esticas e puxas, nas contrações e respirações, na boa postura e numa vida melhor.

Ah, claro, trabalhando no máximo 6 horas por dia! ;) Pq 8 horas é escravidão remunerada.