terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vem ano novo, vem!

O meu ano de 2013 foi de tirar o fôlego. Mudou tudo. A começar pelo concurso que ingressei e ter conhecido a carreira pública. Mesmo no meu trabalho que não é dos melhores, isto me fez mudar todos os planos para o futuro e traçar novas metas. Eu não tenho certeza absoluta, mas percebi que não quero vender a minha alma e todo o meu precioso tempo para o trabalho e que estudar com afinco para um outro cargo talvez seja um objetivo para 2014.

Neste trabalho eu mudei também como pessoa. Eu já não era mais a dona do meu próprio nariz como era nas minhas aulas. E eu tive que aprender a trabalhar em grupo (que por sorte, foi um grupo muito bom) e tive que aprender a lidar com pessoas, leis e emoções. Eu já não podia usar o mesmo tom de voz. Ou até poderia, mas teria que arcar com as consequências. E como disse um bom amigo, acho que fui esperta o suficiente para perceber que com o meu antigo jeito de fazer as coisas só quem perdia era eu. 

Eu aprendi a dirigir de verdade. Não só de casa para o trabalho como era antes, mas eu perdi o medo e hoje posso ir a qualquer lugar! As estradas se tornaram boas companheiras, bem como as paradas, as músicas e as paisagens. E isto tudo foi incrível.

Pode parecer que estes aprendizados foram tolos, mas eles mudaram muito a minha essência. Eu me sinto mais calma de fato. E mais inteligente. E menos ignorante. E depois de tanto tempo acho que eu finalmente compreendi o que pode ser uma manipulação positiva. 

Neste ano eu também desenvolvi disciplina e parei de me apoiar em tantas desculpas que eu tinha para não fazer o que precisava ser feito. Hoje eu me sinto capaz de fazer qualquer coisa. Comecei por dietas e treinos, mas percebi o quanto podemos ter força de vontade quando queremos de fato alguma coisa.

Neste ano eu sai de casa. Tudo bem, parte de mim já morou em muitos lugares, mas este ano meu guarda-roupa oficial mudou de lugar e eu garanto; é mais fácil ter paz longe da minha família. Eles são completamente malucos (do bem, mas malucos)

Neste ano eu tomei decisões muito difíceis e reforcei aquela idéia de que "você não imagina a força que tem até que a única alternativa é ser forte". Abrir mão de uma parte de você sem saber se esta é decisão certa exige muita coragem. Coragem esta que eu nem imaginava ter. E eu não me arrependi nem por um instante; tudo que estou vivendo é muito engrandecedor.

Neste ano eu pus a prova a maioria das minhas teorias, e é com imenso prazer que estou no caminho que considero certo. Eu preciso de muito pouco para ser feliz e a amizade é um bem precioso, uma verdadeira jóia, e não há nada no mundo que faça mais sentido do que viver com pessoas que amamos por perto.

Mas como nem tudo são flores eu me sabotei neste final de ano. Que irônico pensar que eu, que reflito tanto, acabei tomando decisões por vaidade e mexendo em algo que sempre foi tão perfeito; meu corpo e minha saúde. Mas tudo é uma lição, e eu agradeço muito por estar aprendendo dolorosamente o que de fato tem valor nesta vida.

2013, você me fez forte. Você me melhorou. E eu só posso agradecer.

Eu espero que o ano de 2014 seja de muitas conquistas, principalmente para trazer o que falta para que eu alcance a minha serenidade: paredes.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A partir de então

"E se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve"

Eu tenho um problema recorrente: querer abraçar o mundo e ser tudo de uma vez. Pq para ser completa é preciso ser um pouco mulher maravilha. Mas para a busca ter sentido é preciso saber onde se quer chegar. Há tantas possibilidades e tantos caminhos! Mas neste momento eu quero viver a introspecção da busca e voltar com o meu tipo de reposta: sempre profunda e verdadeira. Os planos para o ano que vem serão baseados neste mergulho interno e eu tenho um compromisso agora; saber para onde quero ir. De verdade. Pq até agora o planejamento vem dando realmente muito certo.

sábado, 3 de agosto de 2013

Melhor todo dia

Estou profundamente decepcionada comigo mesma.

Simplesmente não dou conta de ser/fazer tudo o que quero. Já falei isto outras vezes no blog, mas se tornar a pessoa que se quer ser é simplesmente muito difícil. Pq é necessário trabalhar duro, é necessário ser atlética e saudável, é necessário ser inteligente e culta, é necessário ser amiga e parceira, é necessário ser boa filha, boa namorada e boa samaritana. É imprescindível ser boa ouvinte. E talvez seja bom ser insone também, para dar conta de tudo isso.

Hoje eu juro que só queria ver meus amigos da faculdade, ir no aniversário da Raiza ou ir dançar. Eu só queria ter disposição para levantar desta cama, não ter furado nenhum compromisso e nem ter comido uma caixa inteira de bis. 

Mas para ser a super mulher que eu sonho ser, ainda preciso melhorar muito. E talvez resolvesse se eu não me cobrasse tanto, mas minha consciência e minha vontade louca de ser melhor me impedem de dizer que está tudo bem. 

Então já que não inventaram a máquina do tempo, amanhã levantarei mais cedo e tentarei ser melhor. Especialmente uma amiga melhor, pq além de tudo, até nisto eu tô uma porcaria ultimamente.

domingo, 16 de junho de 2013

Calosidade dos Fatos

Chega a ser cômico o quanto nos acostumamos com as coisas. No primeiro dia foi ruim, no segundo péssimo, mas o tempo sempre se encarrega de tornar as coisas mais suportáveis. É como aquela boa e velha frase "não há nada com quem você não se acostume". A força do hábito é uma realidade inexorável. E hoje, eu encaro isto de uma maneira muito positiva.

Já vivi inúmeras situações em que eu pensei nunca me adaptar. Trabalho, amores, amigos, rotinas... E você, ser humano, parece que foi feito para superar. Fomos feitos para ultrapassar os obstáculos e continuar a gênesi da vida. E em geral eu continuo. Em geral eu persevero. Até pq para ser uma pessoa melhor é preciso ceder muitas vezes. Mas muitas vezes não significa todas as vezes e hoje eu percebo que quem sempre se adapta, sofre as sequelas das explorações, sejam elas vindas de amigos folgados, namorados fdp ou sistema social/político/econômico.

É engraçado como isso se encaixa atualmente na minha vida e como é necessário ter senso crítico para escolher o que vale a pena se acostumar e o que vale a pena revolucionar.

Hoje, este post vai a favor das esperas que eu não quero mais fazer por ninguém, para não dar preferência para quem eu sou opção, mas este post também é a favor da luta, que nasce nos brasileiros e da qual eu sou tão a favor: não devemos nos acostumar meus caros! Os calos são bem vindos, mas só para o que nos deixa mais fortes e não mais alienados.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Hoje (ainda) não

Faz muito tempo que eu não posto, e não é por falta de vontade. Acho que eu nunca precisei tanto de um desabafo quanto nesta fase da minha vida. E é engraçado como a minha vida profissional e a minha vida afetiva tem se misturado nos últimos tempos. E o quanto eu tenho sopesado todas as minhas decisões. E o quanto eu tenho tido medo de dar passos e me arrepender.

A vida toda eu sempre quis tranqüilidade. Uma casa tranqüila, sem barulho e com privacidade. Eu também sempre quis um emprego vitalício, com poucas surpresas e muita paz. E eu sempre quis um amor de vida inteira, sem dores e sem freqüência cardíaca lá nas alturas. E hoje eu tenho tudo isso, e quer saber de uma coisa? Está tudo desorganizado.

Eu não posso expor os motivos da desorganização aqui no blog, mesmo sabendo que pouca gente lê, e em geral, são meus melhores amigos. Mas eu posso dizer que mesmo em nossos sonhos e pedidos ao Papai do Céu nós temos que saber o que queremos para nós. Nos conhecer para ter toda a certeza do que nos faz feliz.

E eu não sei dizer ainda o que eu priorizo, apesar de ter passado toda a vida acreditando que era só de A até B. E apesar de viver num mundo contraditório onde a novela te diz que o amor de verdade não depende de nada, e que no intervalo comercial você é bombardeado pela mídia capitalista, eu ainda não descobri do quanto preciso para ser feliz.

Empurrar com a barriga também cansa galera, mas eu não posso hoje me dar ao luxo de resolver todas as questões. Não mesmo.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Lerê Lerê - Escravos sim!

A maioria de vocês já deve ter me ouvido falar a respeito da escravidão das 8 horas de trabalho. Já devem ter me visto questionar este capitalismo absurdo que domina o mundo. E talvez já tenham tido que me agüentar reclamar do quanto a vida é injusta quando somos obrigados a viver apenas 5 horas dela de fato (já que passamos 8 dormindo, 9 trabalhando com o horário de almoço, 2 nos locomovendo, já que a maioria leva uma hora para ir e uma para voltar no transporte).

Bem gente, eu cheguei bem perto do meu limite. Eu sei que reclamei muito aqui a respeito da instabilidade da minha profissão e também sei que não estava feliz em como as coisas caminhavam. Mas a dor agora é lancinante e tira até o meu desejo de fazer outras coisas.

As 8 horas tornaram-se infinitas. O entra e sai do carro não acaba, as anotações de tudo não param, as procuras e observações não tem fim. As 5 horas que restaram não servem mais para nada, já que eu tenho vontade de passar boa parte delas chorando.

E eu não sei se o meu imediatismo complica ainda mais as coisas, mas permanecer só mais um tempo (mesmo sem saber quanto) já está difícil o suficiente.

E neste momento eu olho para dentro de mim e me pergunto, e agora, o que fazer?

É uma busca a respeito de quem eu sou, do que quero, do que me trará mais serenidade e felicidade. Sempre me pergunto se as pessoas acertam realmente de cara e são felizes ou se a maioria delas se conforma e age com se fosse a coisa mais comum do mundo.

Sempre me questiono a respeito daquela super felicidade de fazer o que gosta e confesso que também não acredito nela. Toda obrigação é incomoda. Todo trabalho remunerado é um pouco degradante. Não há prazer, há apenas o que somos capazes de suportar.

E para suportar tudo isto, eu penso nos aprendizados, nas melhoras, nos desafios e nas informações que eu ofereço para tantas pessoas. Eu penso na minha utilidade, no meu futuro e nos meus próximos sonhos. E é assim, que a gente vai levando.

Uma saída é fazer aquilo que não te incomoda e que complementa a sua filosofia de vida. E é por isso que voltar para o Pilates tem se tornado uma alternativa tão convincente. Pq eu acredito nos esticas e puxas, nas contrações e respirações, na boa postura e numa vida melhor.

Ah, claro, trabalhando no máximo 6 horas por dia! ;) Pq 8 horas é escravidão remunerada.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Mastigar - prazer ou castigo?

Hj numa sessão de fotos, muitos momentos nostalgia aconteceram e muitas lembranças brotaram. Mas o lado B disto foi lembrar o quanto a minha pança já foi grande e sentir  um medo bem desesperador disto acontecer novamente.
Já fazem uns dias que este pensamento vem me assombrando e eu até estou ainda mais tentada a começar terapia para entender, mas enquanto isto não acontece, eu desabafo aqui no blog: eu tenho uma péssima relação com a comida.

Ok, eu sei que a maioria de vocês vão dizer que eu não sou gorda e blablablá, mas a verdade é que esta animosidade tem muito mais a ver com como nos sentimos diante de determinada situação do que a respeito dos resultados.

Eu gosto de comer. Gosto de doces, de fritura, de tudo o que não presta. Mas eu gosto de vegetais, de integrais e desnatados, de frutas e todos os tipos de "alpistes" que você encontrar por aí. E o mais importante, eu gosto de ser magra.

Quis explanar isto antes de explicar minhas maluquices pq precisamos desta premissa já que a situação seria outra, caso eu não me importasse em ser gorda ou se eu só gostasse de coisas saudáveis.

Porém, eu vivo naquela constante batalha. Faço dieta numa boa e compreendo que a vida é um equilíbrio. Mas para alcançar o resultado que eu gostaria a vida teria que ser um pouco desequilibrada, com uma equação negativa nas guloseimas e bem mais positiva nos exercícios. Veja bem, o resultado que eu gostaria tem a ver sim com a mídia, com capas de revista e com panicats mundo à fora. Mas mais do que isto, este resultado tem a ver com a minha liberdade para com o meu corpo, e com o meu bem estar. Este resultado é importante para que eu me sinta bem comigo mesma.

Contudo, eu gosto de comer... E tenho uma vida social, restrita e calma, mas que não deixa de ser uma vida social. E eu não bebo, não freqüento frenéticas baladas eletrônicas e todo o meu programa envolve comida de alguma forma (até mesmo os bailinhos). E eu simplesmente não sei recusar todas as tentações que me aparecem. Aliás, eu até sei, mas não tenho certeza de que isto seja o certo a ser feito.

Pq não me parece correto abrir mão de tudo o que se gosta. E eu sou sim, super a favor do auto-controle, mas como uma ferramenta para a felicidade, e será que toda esta privação tem real sentido?

E com toda esta reflexão eu descubro que não tenho uma relação muito amigável com a comida. Pq se eu aceito, sei que estou abrindo mão de um objetivo bem importante para mim, e se eu recuso, sofro por nunca aproveitar um dos maiores prazeres da vida.

Eu quero muito encontrar as minhas definições para suficiente, bastante, exagero e escasso. Especialmente para poder colocar um prato na minha frente e não sentir nenhuma dor na consciência, nenhuma vontade e nenhum grama fora do lugar.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Mudar é preciso

A vida sempre chega num determinado ponto em que não é possível continuar fazendo as mesmas coisas, tomando as mesmas atitudes, tendo as mesmas esperanças ou os mesmos hábitos. É como aquele trecho do Fernando Pessoa
"É tempo de travessia, e se não ousarmos fazê-la ficaremos para sempre à margem de nós mesmos"

Este ano começou arrebatador, cheio de novidades, de desafios e de reflexões. Eu não sei se estou tomando as decisões certas, se escolhi os melhores caminhos, mas sei que estou me empenhando na busca da felicidade e especialmente trabalhando na tentativa de não conviver mais com o que me faz sofrer.

Mas chega a ser irônico o quanto nós deixamos de nós mesmos pra trás quando buscamos coisas novas. E nem sempre o que deixamos são coisas ruins. Confesso já ter deixado partes boas de mim para alcançar objetivos e digo isto com um imenso pesar.

Pq pra subir novos degraus é necessário ser diferente e nem sempre nos lembramos de ser gentis, atenciosos, misericordiosos ou bons. Pq na ânsia de nos tornarmos o que buscamos ser, é comum esquecer dos princípios, dos valores, das mãos dadas e corações abertos.

E é por isto que eu não quero refletir só lá na frente, quando não adiantar mais. E é por isto que eu me pergunto todos os dias se a minha mudança realmente me faz melhor.

Que venha o trabalho, a honra, o dinheiro, o status, a saúde, a companhia e todas as outras coisas em pról daquela que realmente importa: ser feliz.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

De virada

Puxa, mais um ano se passou. E este, diga-se de passagem, passou voando! Parece que foi ontem que eu estava no cruzeiro com a Ana e O Lê (que foi no ano passado) e reclamando do Réveillon antes de começar a jogar baralho...

O ano passou tão voando que eu nem me lembro muito dele, mas eu vivi coisas incríveis e inacreditáveis, e que estas eu lembro bem, pois algumas ainda estão aqui, na sala ao lado, rs.

Hoje eu tenho uma vida paralela a minha antiga e muito, mas muito diferente da de antes. Eu continuo com a mesma essência; reflexiva, reclamona, comilona e trabalhadora. Mas eu ganhei muitos pontos para o caminho da serenidade que eu tanto almejo. Eu também ganhei anestésicos em 2012, para aliviar as dores e dificuldades diárias. Eu encontrei caminhos para ser feliz sem precisar ser igual a todo mundo. Aliás, sendo diferente de todo mundo.

Em 2012 meu salário melhorou, piorou, melhorou novamente e agora está uma bosta, mas eu economizei bastante e aceitei mais a sazonalidade da minha profissão. Compreendendo que as pessoas mudam e não é porque o meu trabalho é ruim.

E neste ano eu me aproximei de alguns amigos e me abri novamente para novas possibilidades. Talvez eu tenha encontrado um meio termo para a minha introspecção-divertida. Eu melhorei meu inglês, comecei a minha pós-graduação e me encontrei num novo esporte: a corrida. Com ela eu compreendi finalmente o que significa ultrapassar limites, aumentei a  minha disciplina e adentrei um grupo muito especial. 

Neste ano eu viajei. Bem mais do que estou acostumada. Pra perto, pra longe, com calma, com estresse, com grana e sem. E o melhor não foram as vistas, por incrível que pareça e por mais lindas que tenham sido, mas as lições e as descobertas sobre mim mesma... De vez em quando é preciso mudar o cenário para ver o que há por dentro.

E agora eu ando um pouco chateada por questionar os meus valores e sentimentos, mesmo sabendo que isto só vai me tornar melhor. Mas enquanto a página não vira, a ferida arde um pouquinho por dia. E é bem difícil esperar por uma cicatrização natural. Difícil, porém, um caminho único.

Neste ano eu continuei brigando com a balança todos os dias. Alguns dias perdendo, noutros ganhando e chegando sempre num equilíbrio. Eu ainda não consegui a disciplina alimentar que eu gostaria de ter, mas quebrei uns galhos e não virei uma bola completa.

E por pensar que só se passou um ano, eu fico contente que tenha sido tão bem aproveitado. Eu sou com certeza uma pessoa muito melhor pra você, Sr. 2013!