domingo, 31 de julho de 2011

Desejo, Necessidade, Vontade

"A gente não quer só comer
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer prá aliviar a dor

A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro e não pela metade"

E mais um da linha "o ser humano nunca está satisfeito". E realmente nunca está. Desde criancinha eu queria ser bonita, mas nunca foi o suficiente, então eu precisei também ser magra. E ser magra não foi o suficiente, pq eu queria era uma bundona de chamar atenção e ser gostosa. E como se isso não fosse já bem difícil, eu quis também ser inteligente. E não basta ser inteligente pra estudar numa boa faculdade e ganhar um dinheirinho. Não, eu queria a melhor faculdade e o melhor emprego. E mais, não bastava ser admirada pelo meu QI ou pelas minhas conquistas, eu também precisei dançar maravilhosamente bem para ser paparicada também pelos meus dons artísticos. Além disso, não fiquei satisfeita em ser boa Educadora ou qualquer coisa do gênero, eu queria ser boa também em exatas, humanas e biológicas. E queria ter feito milhares de viagens pelo mundo, falado várias línguas, estar bem vestida e sorridente. Tudo isso pra ontem...

Eu sempre quis é que ser alguém de tirar o chapéu. Alguém que é bonita, é inteligente, é saudável, é popular, é correta e é feliz. E sabe o que acontece?

"Uma sede de mundo permanentemente nos aflige" (A. Shopenhauer).

E você passa a ser um zero a esquerda se ninguém te admirar. E eu simplesmente não quero mais. Eu não quero depender dos elogios, eu não quero depender dos assobios, eu não quero depender dos louvores a respeito da minha aparência, da minha personalidade, da minha inteligência ou do meu salário. Eu não quero. Mas eu confesso que é mt difícil se livrar destes pacotes e fantasmas que a sociedade coloca tão pertinho de nós. Muitas vezes é difícil até reconhecê-los.

E é por isso que é preciso compreender o que é desejo, o que é necessidade e o que é vontade, como diriam os Titãs. Ah! E o que é prioridade também.

sábado, 9 de julho de 2011

Medo: Eu tenho!

Pra quem não sabe, eu adoro Harry Potter. Mas este post não está relacionado à estréia do último filme da saga e nem nada parecido. Nas últimas semanas eu bem queria ter vivido uma vida que não fosse a minha, e a melhor forma que eu conheço de fazer isso é ler um romance. E lá estava aquela boa e velha coleção do Harry a postos para meu bel-prazer.

Recomeçando do livro 1 eu lembrei que o Harry teve muito, mas muito medo de não corresponder as expectativas de ser um grande bruxo. E que ele morreu de medo de não entrar para a Grifinória, uma casa de destemidos e ousados. E apesar de ser corajoso, no começo ele morreu de medo de uma centena de coisas. E o que isso tem a ver comigo? Bem, eu sou medrosa pra caramba.

Eu tenho várias inseguranças que já comentei por aqui. Eu tive muito medo de dar minhas primeiras aulas. Eu tenho medo de levar fora, medo de barata, medo de não realizar meus sonhos, de não conseguir pagar as contas, medo do escuro, de filme de terror, de bandido e de uma porção de coisas. Eu não sou nem longe o símbolo dos destemidos e indômitos. Eu sou é uma banana. Mas eu encaro tudo isso de uma forma muito positiva. Eu me enrolo, sento, choro, mas acabo sempre me tornando uma pessoa melhor. E para a minha mais nova empreitada não seria diferente e eu só tenho uma coisa a dizer: dirigir é foda.

E eu simplesmente não entendo estas pessoas que não tem medo. Meu, tem gente que nem sabe dar aula e vai lá, com a cara e a coragem e se sai bem. Tem gente não sabe nadar e se inscreve em provas de longa distância. Tem gente que não sabe dançar e entra na pista feliz da vida. Tem gente que não sabe falar nem português, quanto mais inglês e vai para um país diferente e fica bem. E tem muita gente que não sabe dirigir e vai embora, tranquilo. Parabéns a estas pessoas. Parabéns por vencerem suas imperfeições e parabéns por suas caras-de-pau. Eu tenho muito bom-senso para ser assim. Eu sou é muito medrosa. E acho que sim, podemos aprender toda e qualquer coisa, mas este processo demora. E cada etapa para mim é uma pequena torturinha. Então quem sabe daqui há uns 6 meses vocês me convidem para alguma coisa e eu me ofereça para te dar uma carona. Mas por enquanto a jornada é pelo bairro e só conta como diversão... =)

domingo, 3 de julho de 2011

Quantas máscaras você tem?

Nenhum de nós é o mesmo no trabalho, na balada, nos braços do namorado ou nos laços de família. Nenhum de nós usa os mesmos termos, as mesmas roupas, faz as mesmas brincadeiras e nem tem os mesmos sorrisos.

Hoje numa conversa informal, que cheirava a bolo de chocolate, eu voltei a pensar neste assunto. Há alguns anos atrás, eu escrevi este post e adotei este clip como tema da minha vida. E hoje eu não sou mais tantas Cinthias assim e nem tão contraditória. E confesso-lhes caros amigos; é um desafio constante ser você mesmo sempre. E permitir que todas as Cinthias falem em unissono qualquer coisa também é.

Mas é um desafio compensador, que nos traz harmonia e aconchego, dentro de nossos próprios corações. Pq eu não quero chegar exausta depois de um dia de trabalho aliviada por poder ser eu mesma em casa. Eu quero é acordar feliz pq terei um dia inteiro para ser eu mesma. E é por causa deste alívio que daqui a pouco eu encostarei a minha cabeça no travesseiro sabendo que minha evolução está acontecendo, mesmo que a passos bem piticos ;]

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Arte de Furtas Revistas

Eu poderia começar este post me justicando, dizendo que tudo isso é pq busco conhecimento, informação ou qq coisa do tipo. Mas não. Até pq aqui em casa ainda tem um monte de livros que eu ainda não li, eu tenho internet, o que significa que eu tenho toda e qualquer informação a minha disposição em tempo real, e ainda eu assinava ÉPOCA até bem pouco tempo atrás, período no qual eu já exercitava a Arte de Furtar Revistas.

Imagine a cena: eu sentada em um consultório médico qualquer e aquelas revistinhas a disposição. Eu começo a folheá-las. Me interesso por uma matéria ou outra e o tempo vai passando. Quando a secretária gentilmente dá o aviso de que eu sou a próxima. Bem, simplesmente não dá para deixar a revista lá e esquecer todas as coisas que eu ainda quero ler dentro dela! Impossível!

Muitas vezes eu fiquei na dúvida e me perguntei como poderia realizar a façanha de levar o periódico embora para minha casinha sem o olhar repreendedor da atendente. A vergonha de pedir é sempre imensa, e a conclusão que eu cheguei foi: faça da forma mais natural possível. Não solte a revista, coloque a no colo e se possível já embolse o produto.

E sabe, vira um hábito (tipo maníaca...rs). Hoje eu levo as revistas das academias em q
ue trabalho, do consultório da minha dentista (este é o mais difícil, pq a moça não desgruda os olhos de você!), da fisioterapia e de qq outro lugar que eu vá. Pq o mais legal é continuar o que vc já começou a fazer na sala de espera, e tem outra; os assuntos são variados! Em alguns lugares as revistas são de Casa & Construção, noutros, Atividade Física, e sempre aparecem alguns exemplares de Ciência e Técnologia. Certamente eu não assinaria tantas revistas assim...

Sabe, de vez em quando eu até penso em devolvê-las, mas os recortes delas ficam tão bem coladinhos no meu baú! =)