quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Vale Muito

É engraçado né?! O valor das coisas é, de fato, algo muito subjetivo. Sei lá, eu me considero uma pessoa muito feliz por conta do valor que dou pras coisas que permeiam o meu viver. Comecei a pensar nisto conversando com professor de dança, amigo meu. Pra ele, uma aula a mais, uma menos... tanto faz. É só uma aula... Mais uma aula. Talvez por ser algo novo pra mim, cheio de desafios e barreiras que eu mesma crio e supero, cada aula é uma vitória. Eu chego a noite querendo contar como foi ensinar aquele passo, qual foi o desempenho do meu aluno e isto pra mim tem um significado pra lá de importante. Mas eu acho que não é só na dança, pq eu tbém fiquei feliz hoje quando a Su, uma senhorinha que deve estar beirando os 60 anos, me disse que fez 5 km e 45 minutos. E o melhor? Antes do meu treino ela fazia isso em cerca de 1 hora...

Eu valorizo muito as pequenas coisas da vida e acho que deve ser por isso que me considero uma pessoa tão feliz. Cada superação merece uma comemoração. Cada amizade merece um brinde. Cada momento merece uma lembrança. Cada vitória um viva.

E sendo assim sempre me sobram mais motivos para comemorar do que para chorar =) Sempre!

domingo, 20 de setembro de 2009

Papo vai... Papo vem

Se tem algo que eu gosto na vida, este algo é conversar. De verdade, não tem nada, NADA, que eu goste mais.

Tomar banho é muito bom, mas prefiro se as espumas e os jatos d'água estiverem em meio a palavras e risadas. Dormir é bom, mas prefiro pegar no sono naquelas conversas boas em que as respostas vão ficando cada vez mais espaçadas até que de repente, puf!, acabou. Comer é bom, mas seja no café, almoço ou jantar, prefiro estar acompanhada com longos papos entre as garfadas. Sexo é bom, mas com alguém com quem a gente conversa o sexo não é vazio e vira entrega e não uma simples movimentação erógena.

Eu gosto tanto de conversar que isso acaba me tornando uma pessoa com muita necessidade de amigos, e também, uma pessoa com muita necessidade de um companheiro. Deve ser por isso que o Mau diz que eu penso tanto em relacionamento afetivo. Sei lá, eu nem percebo! Mas eu sempre quero ter alguém para seguir a trilha comigo, para dar a mão e ir, lado a lado vendo o mundo. 99% das coisas seriam melhores se tivesse alguém comigo para compartilhar. Claro, tem as exceções (1%, rs) de quando precisamos ficar sozinhos e eu, apesar de parecer contraditório, adoro ficar sozinha e sou bastante individual. Na verdade eu acho que isso tem a ver um pouco com a forma que eu cresci. Pq no fundo, eu acho que tem como a gente ser individual e coletivo ao mesmo tempo.

Anyway! Uma das minhas maiores carências é ter uma irmã. Para pegar roupa emprestada, para brigar pelo uso do telefone, por detalhes e banalidades domésticas, mas especialmente para conversar. Eu tenho um irmão, sete anos mais velho que eu, com quem eu me dou bem e converso bastante. Mas não é igual. Ele é muito diferente de mim, tem uma rotina diferente, idade diferente, planos e sonhos diferentes... Ele pensa TOTALMENTE diferente. No fundo, a nossa conversa nunca é lá muito profunda. São sempre palavras de tarifa, cotidianas, coisas vãs... Importantíssimas, é claro. O vínculo criado por irmãos é um dos mais belos, na minha simplória opinião. O seu irmão é alguém que tem o mesmo sangue correndo pelas veias, que geralmente viu você realizar os teus melhores acertos e também as tuas piores cagadas, é alguém que linka o seu eu passado com o seu eu futuro e que no fundo, é alguém que você espera que nunca o deixe na mão Mas convenhamos...não tem amigo que é mais chegado do que um irmão?

É por isso que eu queria um melhor-amigo-vizinho como no seriado Clarissa, da Nickelodeon. O Sam subia no quarto dela (por uma escada daquelas de madeira colocada na janela) escondido. Para dar um beijinhos? Nãoooo! Para ver a Clarissa se trocando? Nãooo! Ele subia pq era o melhor amigo dela e lá é que eles permaneciam horas e mais horas falando sobre a vida, compartilhando segredos e conceitos. A Clarissa teoricamente não tinha irmãos... mas de verdade; prova que ela não tinha!

Enfim, é conversando que passamos a fazer parte do outro. É assim que nos tornamos especiais e insubstítuiveis. Pq no ato de falar há algo que mostra o que somos, que vai bem além das palavras que estamos pronunciando. São gestos motores, expressões faciais, a energia que transita entre os dois (ou mais) pontos da conversa.

E para ter todas estas trocas, qq coisa é válida. Vale mandar carta, deixa scrap, mandar e-mail. Vale entrar no msn, no skype, no google talk. Vale mandar sms, mms, ligar, chamar no rádio. Vale pegar horas de trânsito para ver, vale esperar... Vale pq juntos podemos ser melhores.

Digo isso pq acredito que pensar muitas vezes confunde, enquanto falar geralmente esclarece. E conversar é, muitas vezes, como usar dois cérebros para resolver um só problema.

Eu cheguei num ponto tão absurdo de gostar de me comunicar que achei que as palavras não seriam suficientes (nem se fossem em outra lingua - o que é extremamente válido e que eu ainda vou desenvolver) e é por isso que eu danço. A dança é uma linguagem, mais uma forma de permuta de você com o mundo e do mundo, com você!

Sam e Clarissa, pq eu sonho com amizades assim desde criancinha! =)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

The End

Eu não falei, ele não entendeu. Eu pensei em mim, e ele...nele. Eu gastei meu tempo com coisas vãs e ele estava precisando focar.

E foi assim, o primeiro fim da nossa amizade.

Irmãos não devem ficar separados... Ju, te amo!