quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2014 - O Ano das Lições

E lá se foi mais um ano! O ano mais rápido da minha vida. E o melhor! Eu nem vi passar, gente! Foi ontem o carnaval, o meu aniversário e as férias. Eu até cheguei a pensar se teria dormido demais, kkk, mas pelo visto foi pq dormi pouco mesmo! E vivi um bocado.

Eu comecei o ano com um impasse que só foi começar a se resolver lá pela metade do ano e que até o presente momento, ainda não está completamente estável; o meu coração. Eu descobri em mim um lado muito resiliente. Eu me descobri uma pessoa que dá muitas chances, que insiste, que mesmo meio maluquinha, tenta fazer tudo dar certo.

Bem, eu aproveitei o ano da maneira adulta, por fim. Pq também não me restaram muitas alternativas! kkk Eu tive que crescer na marra, lidar com todos os problemas, todas as decisões e especialmente todas as contas. Mas tudo isto é o mais delicioso preço a se pagar pela minha liberdade, pelo meu maior sonho e pela grande alegria do meu ano; a minha casinha. É um prazer inenarrável ter o meu canto, do meu jeito, onde posso curtir meu céu e meu inferno particular. Eu, que nunca tive privacidade, que sempre devi satisfações, que não à toa me tornei Cintinela/Cinderela, finalmente estou livre. E até mesmo quando choro sozinha, quando tenho que limpar a casa, quando a conta fica no vermelho ou quando preciso ser Pereirão e fazer trabalhos de pedreiro, marceneiro e tudo o mais, eu nunca me esqueço do valor disto, da alegria que esta conquista me trouxe. Eu cresci um bocado nesta empreitada. Tanto que acho que nem sou mais a mesma menininha de 2013.

Talvez pra muitos isto seja bobagem ou exagero, sinceramente, tanto faz! Pq mais uma coisa que aprendi muito neste ano foi a focar em mim. Eu certamente estou mais egoísta, mas também cuido muito menos da vida dos outros. Gente ocupada e feliz não tem tempo pra olhar muito a vida alheia! rs

Bem, eu tive férias decentes este ano. Como há muito eu não tinha. E foram inesquecíveis e deliciosas, e até mesmo as fotos destes momentos fazem o meu coração se derreter de saudade. Aliás, o termo viagem, agora tão presente na minha vida profissional, não me faz mais tremer e sim vibrar, pq eu aprendi a ficar sozinha, pq eu aprendi a me virar, pq eu aprendi que tudo pode ser uma boa experiência e ainda posso contar com maravilhosas paisagens, e o principal; quem manda nesta porcaria sou eu! Pra falar de um jeito mais meigo e mais Cinthia eu digo; a vida é da cor que a gente pinta!

E tanto é, que mesmo nos pontos baixos do ano, como nos sustos, nas mudanças, nos momentos perdidos e nas ausências, eu não deixei a peteca cair. Olhei pelo lado positivo e me reconstrui. Pq eu me tornei uma manipuladora das variáveis e uma pessoa com muito mais auto-controle, ou seja, eu me aproximei bastante do que eu quero ser.

Da série auto-controle eu me propus diversos desafios, como as minhas infinitas listinhas, os treinos, as dietas e o projeto uma semana sem. E sim, controlar o animal dentro de você é exatamente como treinar um músculo; só exige persistência, disciplina e vontade. E destes, o meu foco para 2015 certamente é melhorar a disciplina, pq foi nela que eu descobri a chave para a minha felicidade; quem sabe controlar a si mesmo alcança o que quiser e é muito mais livre.

E neste final de ano eu me permiti. Aproveitei ao máximo a liberdade, exercitando os meus sentidos, sendo extremamente hedonista, desafiando os meus medos e a minha natureza. Óbvio que me ferrei um pouco, né? kkk Mas pra ser sincera, eu seco hoje as lágrimas, ciente que as dores passam e que as lembranças e a experiência ficam. E eu sou muito melhor hoje do que há um ano atrás. E se alguém não for capaz de ver isto, pouco importa, pq eu vejo. E mais um dos grandes aprendizados foi este: ou soma ou some. Se vai ficar só fazendo volume, prefiro que nem fique! rs

2015, eu estou cheia de sonhos pra você. Pq o meu mundo é colorível, pq eu tenho uma aquarela infinita de cores e pq hoje eu sei, mais do que nunca, que o mundo é de dentro pra fora.

E só pra provar que dá pra ser menina e mulher; minha trilha do ano. No meu velho estilo princesa Disney, no meu mais novo estilo bilhete premiado! kkk

"A neve branca brilhando no chão
Sem pegadas pra seguir
Um reino de isolamento
E a rainha está aqui

A tempestade vem chegando e já não sei
Não consegui conter, bem que eu tentei
Não podem vir, não podem ver
Sempre a boa menina deve ser
Encobrir, não sentir
Nunca saberão
Mas agora vão

Livre estou, livre estou
Não posso mais segurar
Livre estou, livre estou
Eu saí pra não voltar

Não me importa o que vão falar
Tempestade vem
O frio não vai mesmo me incomodar

De longe tudo muda
Parece ser bem menor
Os medos que me controlavam
Não vejo ao meu redor

É hora de experimentar
Os meus limites vou testar
A liberdade veio enfim
Pra mim

Livre estou, livre estou
Com o céu e o vento andar
Livre estou, livre estou
Não vão me ver chorar

Aqui estou eu
E vou ficar
Tempestade vem

O meu poder envolve o ar e vai ao chão
Da minha alma flui em fractais de gelo em profusão
Um pensamento se transforma em cristais
Não vou me arrepender do que ficou pra trás

Livre estou, livre estou
Com o sol vou me levantar
Livre estou, livre estou
É tempo de mudar

Aqui estou eu
Vendo a luz brilhar
Tempestade vem
O frio não vai mesmo me incomodar"

Livre Estou - Frozen

sábado, 22 de novembro de 2014

De volta ao planeta (dos macacos?)

Bem, cá estou eu de volta ao blog, meu terceiro cantinho preferido do mundo (quem conhece os outros dois sabe que a concorrência é desleal, kkkk), mas que eu abandonei nos últimos tempos, exatamente pelo motivo que me fez vir ao blog hoje; eu estava ali, vivendo!

Incrível né? kkk Que em tempos modernos eu esteja fazendo isto, viver, sem ter que publicar no Instagram, no face, no blog, no Twitter, sem comentar no whatsapp! Incrível, e talvez muita gente nem se lembre, mas existe um mundo, físico e real ai bem pertinho de você, basta desviarmos os olhos destas maravilhosas telinhas e ele estará ali, em Full HD, touch screen e tudo o mais!

Brincadeiras à parte, meus amigos, mas o que me trouxe ao blog hoje foi a desintoxicação, mas percebi no momento em que sentei para escrever que tinha abandonado o blog em um dos momentos mais intensos da minha vida, pq estava ocupada. Tudo bem que aqui é meu cantinho, onde reflito e desabafo, mas estive trabalhando tanto nesta empreitada de tentar ser cada vez melhor e mais feliz, que não sobrou muito tempo. Mas a Cinthia que vocês conhecem, reflexiva e reclamona, está aqui, como sempre foi, colorindo o mundo e tentando melhorar a si mesma. Neste momento, num novo projeto, chamado UMA SEMANA SEM.

Bem, vou contar um pouco de como eu desenvolvi a Teoria do Cada Vez Menos, tendo certeza que estarei empobrencendo este tema lindo com a minha empolgação do momento, mas que um dia volto para falar das duas teorias que regem a minha vida e que baseiam bastante do que sou.

Há alguns anos atrás, fui fazer uma aula de Yoga, que rolava logo depois de uma aula de circuito que eu ministrava. Perguntei a professora para que servia o Yoga, o que ele fazia, e etc. Ela passou vários minutos explicando, mas o ponto alto para mim foi quando ela disse que o Yoga que ela faria ali, um pouco mais voltado para atividade física, visava preparar o corpo para que ele não atrapalhasse você a entrar no estado de meditação, ou seja, te desconcentrasse com incômodos e dores enquanto você esvaziava sua mente. Cara! Para tudo! Isto me conquistou absurdamente. Eu sempre tinha visto o corpo como ferramenta, mas a partir daquele dia eu percebi o quanto o meu corpo era um possibilitador pra mim, que ele precisava estar forte e saudável não só para que me possibilitasse fazer todas as coisas, mas simplesmente para que ele não me impedisse de fazer estas coisas. Sei que muitos vão dizer que dá no mesmo, mas não, não dá. Ausência de problemas, ausência de dor e ausência de impedimentos. Este foi o ponto chave.

Algum tempo depois eu li Schopenhauer e ele maravilhosamente bem descreve a felicidade como uma ausência de dor. Sem picos, sem grandes alegrias, sem grandes tristezas. Uma neutralidade-positiva, uma felicidade em linha reta, uma paz. Mais uma vez veio a vida me mostrar que SEM e MENOS, poderia ser muito mais.

Bem, muitas experiências foram vividas a partir daí. Eu conversei com muita gente interessante, e fui descobrindo que as mais apaixonantes eram pessoas muito simples, que viam a vida de forma descomplicada. Eu fui percebendo que as minhas maiores alegrias me custavam muito pouco (e não estou falando só de dinheiro, também falo aqui de tempo, esforço e energia). E comecei a praticar um esporte lindo, a corrida, no qual você só precisa de um par de tênis (e muita gente corre sem!) e vontade, ou seja, quase "nada". Eu descobri que aqui e ali, o que nos torna mais satisfeitos e mais contentes tem muito mais a ver com necessidades diminuídas e muito menos do que com conquistas exacerbadas.

E foi assim, que há alguns meses atrás eu criei o projeto #umasemanasem com base na Teoria do Cada Vez Menos, onde me propus a ficar cada semana sem algo comum da minha vida, para garantir que a minha felicidade a nada esteja condicionada e que ela seja pura e sempre simples. O projeto não visa o sofrimento, a punição, mas usa a abstinência para o auto-controle e para que possamos nos conhecer cada vez mais e nos livrar dos vícios e manias, que nos tornam tão dependentes.

Eu comecei com coisas fáceis, usei itens relacionados ao dia a dia, aproveitei para entrar na linha da dieta e me descobri com propostas engraçadas e inusitadas. Muita gente não compreende, e nesta semana, onde foi a mais difícil até agora, eu só tenho uma coisa pra dizer: não entende, respeite. E se não puder respeitar, acho que não há muito espaço para você na minha vida. Não costumo ser radical, mas nesta semana sem celular eu descobri coisas maravilhosas e não quero perder tempo com gente que não está aberta. Eu quero gastar meu tempo aprendendo, ouvindo, explorando. Eu não nasci para ser espectadora. Eu quero criar, quero viver. E nesta telinha eu tenho perdido muito de mim, me doando para pessoas que não merecem e não valorizam e sinceramente, não quero mais! Ou soma ou some, como dizem por aí.

E sim, foi uma semana de isolamento proposital. Punk! Eu sou um ser muuuuuuuito sociável! Eu falo pelos cotovelos, pelos dedinhos, pelos pés! kkk E falei muito pouco nestes dias, chorei, li um bocado e estou louca para ligar meu celular novamente. Mas aprendi grandes lições e não me arrependo nem um pouco de ter me proposto isto. Claro que vou voltar a ter celular, claro que não é meu objetivo ficar sem. Mas aconselho você, caro leitor, a se jogar em situações diferentes, experiências novas e propostas e projetos estranhos. Sabe pq? Descobrir-se é um prazer inenarrável. E me descobrindo, com este projeto ou sem ele, só confirmo uma coisa: cada vez menos para ser cada vez mais!

domingo, 22 de junho de 2014

Das prioridades educacionais

Pra mim é realmente impressionante o quanto aprendemos coisas inúteis na escola. E eu não estou falando da hora do intervalo.

Quero falar sobre isto pq acredito que muito do que nos tornamos quando adultos vem da escola, já que passamos cerca de 6 horas por dia nela, dos 4 (ou antes) aos 18 anos (façam as contas por mim, por favor 😉).

Quando matricula-se um pimpolho na escola, o que acredito que a maioria dos pais imagina é que eles estarão aprendendo na escola coisas importantes que não conseguiríamos ensinar em casa. Os pais não sabem muito sobre geografia ou história. Não sabem trigonometria. Não sabem biologia, química e física. Alguns pais especialistas sabem, mas teriam eles todo o tempo necessário para se dedicar a ensinar estas disciplinas aos filhos? Com todo este nosso capitalismo desenfreado sondando as janelas e as contas bancárias? Acho que não né? Enfim, temos as escolas. Pra onde podemos despachar as crianças para termos tempo livre, para que elas se socializem com outras crianças e para que aprendam coisas úteis para formá-las bons adultos. Oi? Formar bons adultos? 😁

Eu não sei qual era a intenção de quem criou a grade curricular escolar brasileira, e apesar de eu ser uma especialista no assunto (sou graduada em Licenciatura Plena e estudo até hoje muitas teorias educacionais) eu realmente não sei se este conhecimento passou pelas minhas mãos. De qualquer forma, quem criou isto não devia estar muito bom das idéias. Pq para mim, caro leitor, se queremos formar bons adultos, deveríamos focar no que fazem os bons adultos e especialmente no que é importante para um adulto. E me corrijam se eu estiver errada, mas não vejo a maior parte dos meus amigos usando a Fórmula de Báskara para resolver a vida. E nem aproveitando os detalhes dos 100 Anos para esplanar alguma situação.

Não que as temáticas supracitadas não tenham importância! Claro que tem, mas será que uma criança na quinta série já sabe construir alguma ideia com esta informação? Qual será, de fato, a contribuição deste aprendizado para este fedelho, no momento e ao longo dos anos?

Bom, eu sinceramente acho que antes de aprender tão profundamente matemática, biologia ou química, deveríamos aprender como cuidar de nós mesmos e sermos menos dependentes. Acho que todos deveríamos saber cozinhar o básico. Todos deveríamos saber lavar, passar e limpar. Já vi amigos entrarem em parafuso quando a empregada pede demissão. Simplesmente pq não sabem ferver uma água! Além disso todos nós também deveríamos ter noções elétricas suficientes para trocar uma lâmpada ou um chuveiro sem precisar morrer de medo ou sermos obrigados a ligar para uma empresa de maridos de aluguel. E se quiséssemos usar estes serviço, seria por puro conforto e não por impossibilidade e incapacidade de fazer sozinho. 

Aos 16 anos no Brasil lhe é concedido o direito ao voto, e aos 18 ele se torna obrigatório. E quando é que você aprende algo sobre política? Talvez minimamente nas aulas de História. Mas alguém lhe ensinou a refletir sobre o que você espera de si, da sociedade ou da humanidade? Alguém lhe ensinou que o seu voto está repleto de opinião e que ele reflete muito do que você pensa e do que você espera do futuro e de sua comunidade? Você teve alguma matéria como filosofia, que além de te contar as principais escolas filosóficas, te incentivasse a refletir, a pensar e a buscar as suas próprias respostas? Desconfio que não. 

E finalmente, um dos setores mais esquecidos, o meu. Todos nós deveríamos saber como nosso corpo funciona. O que podemos fazer para estimular ele a ser saudável. O que podemos colocar dentro dele sem destruir pouco a pouco o que temos de bom. Enfim, todos nós precisamos de conhecimentos básicos de nutrição e de educação física. Pq pagar um personal ou um nutri deveria ser um complemento para o que sabemos, e não a única saída da ignorância dos maus hábitos que temos desde sempre.

Eu falaria mais sobre o tema, mas acho importante citar ao leitor que nem tudo precisa ser como é, e exemplificar que em alguns lugares já é diferente.

*No Japão há aulas de conhecimentos domésticos no primário. E também educação ambiental.

*A Escola da Ponte, em Portugal, usa o conceito Dimensões para trabalhar conjuntos de disciplinas e saberes, pois não vê as coisas isoladamente. Além disso propõem que o aluno construa o seu próprio conhecimento e descubra no que tem interesse e aptidão. E um dos pilares dos seus ensinamentos construtivistas é Autonomia.

*Em algumas poucas escolas no Brasil há o conceito de Cinesiologia Humana na Educação Física Escolar, onde o aluno aprende não só a praticar esporte, mas conhecer as capacidades e habilidades que o seu corpo tem e pode desenvolver, bem como a ciência que envolve a qualidade de vida.

Enfim, o currículo escolar forma as pessoas, de alguma forma, e se não gostamos dos adultos que estão sendo formados, talvez seja importante olhar que tipo de educação é oferecida para nossas crianças. Eu Cinthia, iria propor coisas bem diferentes como prioridade. Especialmente para formar gente mais inteligente emocional e psicologicamente.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Buraco Personalizado

Faz um tempão que eu não posto. Faz um tempão que eu estou concentrada em fazer tudo dar certo que acabei deixando o blog um pouco de lado. 

Uma das minhas maiores paixões é escrever e eu gosto tanto disto que gostaria de levar uma vida tranqüila pra poder fazer isto a vontade. Com uma casa fresquinha e silenciosa, com tempo para escrever enquanto espero um doce fit sair do forno ou entre um horário de treino e uma aula. O meu maior sonho talvez seja dedicar muito tempo a mim. Dedicar meu tempo para que eu seja melhor; melhor dançarina, melhor cozinheira, melhor amiga, melhor pessoa. E eu faço muito esforço para ajeitar tudo de uma forma em que esta simplicidade fique espalhada na minha vida. Eu concentro toda a minha força em criar um quadro que me permita dar valor para o que realmente tem valor. E a única razão que eu considero justa tolerar algo diferente disto é se for temporário, como investimento para algo muito importante.

E bem, eu estive vivendo alguns momentos que não iam de acordo com o que considero certo, mas em pról da realização de um sonho. Sonho este que possibilitaria a realização de muitos outros.

Só que hoje eu estou muito triste. Pq eu me concentrei muito, mas muito em comprar uma casa. Este é o meu maior sonho desde adolescente. E de um ano pra cá eu tomei a decisão de torna-lo real. E de uns 3 meses pra cá eu dediquei tanto esforço e tanta energia nesta empreitada, que só consigo dizer que está doendo muito desistir.

Sabe, quando eu era criança eu achava que a gente ia, escolhia a profissão, se formava e saia pronto. Pronto para comprar uma casa, pronto para constituir uma familia, pronto para toda a maravilhosa vida de pós-formada. Mas não, o mundo é cruel, e a gente sai da graduação com uma mão na frente e a outra atras, sem eira nem beira, sem a menor idéia de como faremos para realizar os planos. Muito menos os sonhos. 

E eu estou aqui agora, catando os cacos da minha auto-estima por não conseguir nem um teto pra poder chorar debaixo dele.

Sei que vai passar, mas hoje a minha vontade é de me enfiar num buraco e não me preocupar nem com dinheiro, nem com trabalho, nem com regime, nem com a pessoa que eu gostaria de ser. E que de preferencia este buraco fosse meu, com ar condicionado e cheio de bolacha calipso e bis branco.