sábado, 16 de fevereiro de 2013

Mastigar - prazer ou castigo?

Hj numa sessão de fotos, muitos momentos nostalgia aconteceram e muitas lembranças brotaram. Mas o lado B disto foi lembrar o quanto a minha pança já foi grande e sentir  um medo bem desesperador disto acontecer novamente.
Já fazem uns dias que este pensamento vem me assombrando e eu até estou ainda mais tentada a começar terapia para entender, mas enquanto isto não acontece, eu desabafo aqui no blog: eu tenho uma péssima relação com a comida.

Ok, eu sei que a maioria de vocês vão dizer que eu não sou gorda e blablablá, mas a verdade é que esta animosidade tem muito mais a ver com como nos sentimos diante de determinada situação do que a respeito dos resultados.

Eu gosto de comer. Gosto de doces, de fritura, de tudo o que não presta. Mas eu gosto de vegetais, de integrais e desnatados, de frutas e todos os tipos de "alpistes" que você encontrar por aí. E o mais importante, eu gosto de ser magra.

Quis explanar isto antes de explicar minhas maluquices pq precisamos desta premissa já que a situação seria outra, caso eu não me importasse em ser gorda ou se eu só gostasse de coisas saudáveis.

Porém, eu vivo naquela constante batalha. Faço dieta numa boa e compreendo que a vida é um equilíbrio. Mas para alcançar o resultado que eu gostaria a vida teria que ser um pouco desequilibrada, com uma equação negativa nas guloseimas e bem mais positiva nos exercícios. Veja bem, o resultado que eu gostaria tem a ver sim com a mídia, com capas de revista e com panicats mundo à fora. Mas mais do que isto, este resultado tem a ver com a minha liberdade para com o meu corpo, e com o meu bem estar. Este resultado é importante para que eu me sinta bem comigo mesma.

Contudo, eu gosto de comer... E tenho uma vida social, restrita e calma, mas que não deixa de ser uma vida social. E eu não bebo, não freqüento frenéticas baladas eletrônicas e todo o meu programa envolve comida de alguma forma (até mesmo os bailinhos). E eu simplesmente não sei recusar todas as tentações que me aparecem. Aliás, eu até sei, mas não tenho certeza de que isto seja o certo a ser feito.

Pq não me parece correto abrir mão de tudo o que se gosta. E eu sou sim, super a favor do auto-controle, mas como uma ferramenta para a felicidade, e será que toda esta privação tem real sentido?

E com toda esta reflexão eu descubro que não tenho uma relação muito amigável com a comida. Pq se eu aceito, sei que estou abrindo mão de um objetivo bem importante para mim, e se eu recuso, sofro por nunca aproveitar um dos maiores prazeres da vida.

Eu quero muito encontrar as minhas definições para suficiente, bastante, exagero e escasso. Especialmente para poder colocar um prato na minha frente e não sentir nenhuma dor na consciência, nenhuma vontade e nenhum grama fora do lugar.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Mudar é preciso

A vida sempre chega num determinado ponto em que não é possível continuar fazendo as mesmas coisas, tomando as mesmas atitudes, tendo as mesmas esperanças ou os mesmos hábitos. É como aquele trecho do Fernando Pessoa
"É tempo de travessia, e se não ousarmos fazê-la ficaremos para sempre à margem de nós mesmos"

Este ano começou arrebatador, cheio de novidades, de desafios e de reflexões. Eu não sei se estou tomando as decisões certas, se escolhi os melhores caminhos, mas sei que estou me empenhando na busca da felicidade e especialmente trabalhando na tentativa de não conviver mais com o que me faz sofrer.

Mas chega a ser irônico o quanto nós deixamos de nós mesmos pra trás quando buscamos coisas novas. E nem sempre o que deixamos são coisas ruins. Confesso já ter deixado partes boas de mim para alcançar objetivos e digo isto com um imenso pesar.

Pq pra subir novos degraus é necessário ser diferente e nem sempre nos lembramos de ser gentis, atenciosos, misericordiosos ou bons. Pq na ânsia de nos tornarmos o que buscamos ser, é comum esquecer dos princípios, dos valores, das mãos dadas e corações abertos.

E é por isto que eu não quero refletir só lá na frente, quando não adiantar mais. E é por isto que eu me pergunto todos os dias se a minha mudança realmente me faz melhor.

Que venha o trabalho, a honra, o dinheiro, o status, a saúde, a companhia e todas as outras coisas em pról daquela que realmente importa: ser feliz.