segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Das escolhas que não sei fazer

Talvez hoje seja novamente o momento de pensar o que ando procurando. A vida vez ou outra nos oferta possibilidades e nem sempre eu sei o quanto elas pertencem a mim. Na situação atual eu já me achei sortuda, já me achei vítima, já me achei vilã e agora eu nem sei mais quem eu sou e nem quem eu quero ser.

Será egoísmo quere realizar os sonhos? Será interesse querer resolver os problemas? Será que o meu sentimento está contaminado com o que pode vir adiante? E se o adiante for diferente demais do esperado, saberei suportar? Será que verdadeiro é uma coisa só?

Eu achei que tinha encontrado todas as respostas e como sempre, vem a vida e muda todas as perguntas. E achei também que com a minha doutrina do meio termo eu conseguiria evitar escolhas e  especialmente renuncias, mas pelo visto eu só conseguirei enganar o tempo e cozinhar o futuro em banho-maria.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Culpa, o meu ato incontrolável

Eu não sei se sempre fui assim e acredito que uma lidinha no blog até possa esclarecer certas coisas, mas o fato é que eu preciso desabafar sobre o meu novo-velho fantasma; eu mesma.

Pq eu me sinto me assombrando, me fiscalizando , exigindo metas, cobrando de mim tarefas e resultados. Talvez eu tenha tido tantas experiências de cobrança que isto tenha se tornado normal ou talvez a vontade de ser melhor tenha se aprofundado tanto que isto aumentou Inexorávelmente.

Mas o ponto é que depois de me acostumar com isto eu faço sozinha o papel de mocinha e bandida. Eu relaxo, não produzo, me cobro, sofro, começo a produzir, alcanço resultados mínimos, me canso e recomeço o ciclo. Mas o ciclo nunca é completo pq e não sou capaz de respeitar as fases, ou seja, relaxo na hora de produzir, sofro na hora de relaxar, cobro pq os resultados não são os que e esperava e me confundo e distraio diante de todo este processo. E quando vc nunca relaxa e nunca está satisfeito com o que faz, acredite, você muito provavelmente entrará em parafuso.

Eu tenho sempre a impressão de que deveria fazer algo mais útil. Se estou no computador, deveria estar lendo um livro, e se estou lendo filosofia deveria ler biomecanica, ginástica laboral ou Pilates, se tenho tempo para ler gostaria de estar trabalhando e ganhando dindin, e se trabalho desumanamente, me culpo por não ter tempo para me aperfeiçoar. Se fico conversando com minhas amigas do trabalho, deveria estar concentrada em me tornar uma pessoa mais inteligente e se fico bitolada lendo e me isolando do mundo, deveria exercitar o meu ciclo social.

Eu sei que já falei isto muitas vezes aqui, mas é muito difícil ser uma pessoa completa. É muito difícil conciliar todos os âmbitos de nossas vidas e não deixar lacunas. É muito, mas muito difícil se tornar a pessoa que se quer ser.

Mas o que eu queria hoje era só não sentir a culpa absurda que sinto por dormir até mais tarde, ficar na internet ou fazer qq uma das coisas que gosto, pq eu sei que no fundo nós viemos aqui para ser felizes e não para ser um exemplo para ninguém.