sábado, 27 de fevereiro de 2010

O Segredo dos Recipientes

Certa vez eu precisava levar a minha comida de casa para a escola. Eu estudava em dois períodos, saia muito caro comprar comida na rua todos os dias e eu já estava cansada de comer pão. Encontrei um cantinho aconchegante na Gv em que eu e a Bianca dividimos refeições e confidências. Aquele cantinho era apenas nosso das 18:30 as 19h. Mas o ponto disso é que foi lá a primeira vez que eu comecei a usar o tal do marmiteiro. Claro que depois vieram outros locais onde eu precisei esquentar a minha comidinha comunitariamente: Camargo, Ikesaki, e outros tantos trabalhos onde eu me enfiei nesta Vida Severina. Enfim, a verdade é que eu odeio marmiteiros. Parece que a nossa comida é contaminada pelo cheiro e gosto da comida dos outros! O seu potinho que levava aquele sabor delicioso do carinho das mãos da sua mãe se perde em meio aquela água quente e aquele monte de potinhos amontoados. Uma experiência realmente terrível.

Estive pensando nisso pq minha mãe ganhou uns copos novos no Natal e ela não gosta de nos deixar usar! Pensa que maluquisse! rs Vive dizendo que eu vou quebrar, pq eu quebro tudo (o que definitivamente não é verdade, eu só quebro 60% das coisas que passam pelas minhas mãos...rs) Mas eu amei os copos novos e até criei uma teoria a respeito deles...

Este novo copo é maior, mas ele fica perfeitamente acomodado em sua mão. Além disso ele é bem transparente, sem detalhes, o que me dá um prazer enorme de poder realmente ver o que estou bebendo. E para completar, ele tem uma boca grandona, que permite que você enfie parcialmente o nariz dentro do copo enquanto bebe! Todos estes fatores tornam o beber bem mais gostoso...

Eu pensei que estivesse viajando nesta idéia, até me lembrar que existem copos/taças específicas para vinhos, champagne, uísque e outros que tais. E tem uma razão! Cada copo realça o sabor da bebida.

Eu sinto isso com pratos também. E talheres. Pratos redondos ou quadrados, fundos e rasos. Talheres leves e pesados. E obviamente com os potinhos que foram por tanto tempo as minhas marmitinhas. ..
E tem até aquela história dos hashis (que eu nem sei se é verdade), que são de madeira pq o ferro ou inox fazem o alimento perder propriedades e sabor.

De qq forma, eu acredito que os recipientes façam mágicas com as comidinhas abrigadas neles! E por isso, vou reagir aos protestos da Bolinha e usar os novos -deliciosos- copos! =)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ter Assunto

Desde pequenininha uma das minhas preocupações sempre foi ter assunto. Nos meus longínquos 9 anos eu ainda brincava de Barbie, mas já gostava de penetrar nas conversas dos adultos mesmo que fosse só para escutar. E eu já tentava engatar meu próprio bate-papo com a minha priminha Fereti, e o mais engraçado é que nesta idade eu não queria mais ser criança! Eu me considerava uma pré-adolescente! Seja lá o que isso representar...rs

E por conta desta pré-adolescência, apesar de eu ainda brincar, achava besteira e via que o barato mesmo era conversar. Lembro-me de certa vez em que eu e a Fê guardamos as bonecas, desligamos a Tv (eu não gostava de brincar com a Tv ligada, pq ela não prestava atenção na brincadeira...rsrs), sentamos uma frente a outra e nos propusemos a conversar. Resultado? Não saiu nada! rs Não tivemos assunto. E nós simplesmente perguntávamos uma pra outra: " E aí, vamos falar do que?"

Acho que este foi o meu primeiro episódio de falta de assunto. Claro que depois deste vieram muitos. Muitos mesmo! rs
De qualquer forma, não tardou para que eu descobrisse que depois que o papo engata fica bem mais fácil continuá-lo. Mais ou menos como entrar em piscina gelada... É difícil, mas se você entra, logo se acostuma!

O tempo passou e eu me tornei uma pessoa cheia de assuntos. Falava mais que a boca, sempre extrovertida e em meio a inúmeros grupos. Mas não é a vida cheia de ironias?
Hoje eu sou uma pessoa bem mais fechada. Cheia de grilos e dúvidas, e com bem menos assunto.

Na verdade, não que eu realmente não tenha... Ô, se tenho! Sempre tem textos acumulados em TXT no meu micro para postar aqui. Eu compro todas as fichas de conversas quando saio com meus amigos, não deixando ninguém falar. Minha conta de telefone é sempre alta, minha caixa de e-mails tem longas conversas e a minha cabeça tem tantas questões, histórias e assuntos, que sinceramente, é melhor deixar pra lá.

Mas sabe, toda vez que eu vou conhecer alguém rola aquele friozinho na barriga. Um medo incrível de não ter assunto. Sei lá, eu gosto de parecer interessante! E sem assunto, tenho medo de não parecer.

Eu não sei iniciar diálogos, não sei o que perguntar, propor um tema... Fora que eu me cansei de ter que ficar me apresentando pras pessoas. Parece sempre a mesma coisa! "Oi, eu sou a Cinthia, profª de Ed. Física, dançarina e blablablá..." Ninguém quer saber da sua essência, dos seus ideias, se sua casa tem violetas na janela ou se você gosta mais de verde do que azul. E mesmo que a pessoa quisesse...será que eu saberia responder? Será que abriria tão rapidamente o meu coração? Fora a minha elementar preguiça das pessoas e de toda aquela ladainha de tanta gente chata, sem nenhuma graça, que existe espalhada por aí.

Falando assim, parece que sou bixo do mato, mas não sou! Adoro conhecer pessoas, mas o processo é tão complicado e eu realmente tenho que vencer muitos bloqueios para não me tornar uma pessoa fechada.

E no fundo, no fundo eu só quero construir relações maravilhosas e espero;

Que a minha amizade com a Flower continue com assuntos infinitos e silêncios respeitosos.
Que a bateria do telefone seja sempre incapaz de aguentar as minhas conversas com o Maurício.
Que as madrugadas sejam curtas para os diálogos entre eu e a Tico.
Que as fofocas com o Júlio nunca se limitem à academia.
Que todo encontro com a Bianca seja pequeno demais para as novidades.
Que os e-mails para o Marck nunca nos satisfaçam de fato.
Que as visitas do Zam sejam sempre aguardadas com ansiedade.
Que os encontros com a Bárbara sejam sempre deliciosos (mesmo que ela sempre me deixe de cabelo em pé...rs).
Que os passeios pela Paulista sejam sintéticos demais para minhas filosofadas com a Marina.
Que Alphaville continue sendo perto quando o Didizinho é minha companhia.
Que o tempo continue passando num piscar de olhos para os Midnight Friends.
Que no meu próximo encontro eu não precise ter faniquitos de ansiedade.
E que a minha cabeça seja sempre cheia de temas, para este blog nunca acabar.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Mas... como posso dizer...

Tem coisas que são simplesmente difíceis de dizer. Às vezes são pequenas críticas, correções ou comentários que não soam bem ao ouvinte. E aí? Como ter jogo de cintura para falar o que precisamos sem acabar com o bom relacionamento, com o afeto ou amizade? Não tenho a menor idéia! Mas eu tenho idéia de situações que precisam disso:

Mau hálito - Esta é a mais óbvia e corriqueira. Quem não tem um amigo que esgota todas as suas balinhas de bolso? Bem, pra quem dança isso fica um tanto quanto pior, pq não tem jeito, a pessoa está ali, extremamente perto de vc, nariz com nariz praticamente... Durante a emergência eu penso em treinar apnéia, mas tem músicas que chegam a ter 5 minutos!!! Então eu tento virar o rosto parcialmente. Mas é a Lei de Murphy, se o cara tem mal hálito, certeza que ele gosta de conversar enquanto dança. E aí você tem que ficar sentindo aquele agradabilíssimo odor de peixe, responder as perguntas geralmente cretinas do cidadão (pq sim, o cara tem que ser mt, mas mt bom de papo para que eu curta conversar com ele enquanto danço...) e é bem provável que ele em meio a esta bagunça toda esqueça de te conduzir ou pise no seu pézinho. Enfim, pra quem eu devo fazer a reclamação deste moçoilo, ãh?

Inconveniência - Bem, tem gente que simplesmente passa dos limites. Este na verdade é um problema do qual eu sempre ouço falar, mas eu sinceramente, não sofro dele. A pessoa foi inconveniente comigo, já leva uma. Eu não tenho muita paciência e poucas papas na língua. No caso de você ser uma pessoa um pouco mais tolerante, deve optar por indiretas sutis ou fazer a reclamação para a alguém que tenha total liberdade para dar uma comida de rabo no fdp.

Roupa Feia - Bem, se a pessoa não for sua amiga, o problema não é seu. Na verdade, se for assim você ainda pode ganhar um motivo para rir (sem querer ser maldosa, mas já sendo)! Agora se é alguém que tem real importância... vc tem que falar. Talvez dando uma indicação de como você acha que ficaria melhor, comentando que ficaria bem tal peça em determinada ocasião ou ainda emprestando uma peça sua. Mas acho que neste caso o que mais pode ajudar é a expressão. Faça uma cara de enterro ou torça o nariz. Se você falar mal mas continuar rindo igual uma hiena ou a amizade termina pq a pessoa pensa que você está tirando um barato ou então vai achar que vc está falando por falar, e que na verdade o modelito está uma belezura.

Erros de Português - Quem me conhece sabe; eu não perdoo. Não consigo! Falou errado, escreveu errado, eu digo. Tento ser sutil, óbvio, mas não sei se consigo sempre. Não quero dar uma de sabida, mas eu prefiro corrigir e ser corrigida do que manter o erro para sempre. E me incomoda! Eu não assistia nem o Seu Creisson de tanta raiva que me dava!

Término de Namoro - É sempre delicado. Se você já não gosta mais, se conheceu outra pessoa, se pegou o parceiro no pulo, se não aguenta mais a família ou qq que seja o motivo. Eu sou a favor de jogar a real, mas pode abusar do eufemismo (mesmo que vc já estava no pé do altar, não vai sacanear e dizer pro cara. Diga que conheceu alguém e pronto. A pessoa precisa de consideração e não de um relatório completo da sua vida) E eu já tenho até um jeito de começar: uso aquelas frases de efeito do tipo "Precisamos conversar" ou ainda "É... (silêncio mórbido), acho que tenho algumas coisas para te dizer...". Eu vejo estas frases como um preparo psicológico. Mas elas não devem ser ditas com muita antecedência da situação, pq gera uma ansiedade, um estresse desnecessário. Eu fico em cólicas quando alguém avisa que tem algo para me dizer. Não avise. Chegue e fale logo. O estômago agradece.

Detalhes da Família - Bem, comentar algo a respeito de alguém que o ouvinte gosta muito pode ser realmente constrangedor, mas tem casos em que é inevitável, por exemplo: A mãe do seu melhor amigo tem sempre alguma brincadeirinha sem graça ou comportamento inadequado em relação a você. O que fazer? Ser curto e grosso com o dono da casa não parece realmente uma boa opção. Evitar de visitá-lo para todo o sempre só para não ter que ver a chata da mãe dele? É... a amizade vai se desvalorizar por causa de uma "bobagem"... Conversar com o seu amigo? Bem, talvez seja o que lhe resta. Mas como fazer? Bem, mais uma vez acredito que os eufemismos possam entrar em ação. Você tbém pode usar uma outra família fictícia ou real como exemplo, mas tome cuidado para ser igualzinho, caso contrário seu amigo pode ser burro o suficiente para não perceber...rs E aqui, dependendo do caso e do tamanho da chatisse do ente querido, pode ser que o seu amigo até concorde! Pq é póssível amar e achar chato ao mesmo tempo. Veja só a minha mãe....rs, eu a amo, mas é chataaaaaaaa...

E diante de uma destas (ou outras) situações adversas, boa sorte! =)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Heroína às avessas

Sabe, não sei se algum de vocês pratica atividade física, se algum vai a academia ou se ficam todos em casa só bundando e vendo Tv depois do trabalho. No fundo tanto faz, cada um sabe o que é melhor para si e acho que mais cedo ou mais tarde os problemas de saúde batem a porta de quem chega a qualquer dos extremos.

De qualquer forma, eu preciso desabafar que eu simplesmente não sou uma heroína. Eu e a Má sempre conversávamos sobre os diversos rumos da nossa profissão, e quando ela começou a fazer Escola de Excelência em Ginástica de Academia, nós acabamos concluindo que os professores de ginástica são heróis. É sério! Eles estão de bom humor às 6 horas da manhã, tem o dobro de energia e disposição de qualquer ser humano normal, quando todo mundo já está só o bagaço ele ainda está lá, de pé e ainda por cima sorrindo. Pode reparar! Eles são tão alegres, tão perfeitos, que só podem ser heróis mesmo. Até chega a irritar...rs

Claro, não são todos. Tem eu aqui tbém. E deve ter mais uma meia dúzia....rs Mas pq Deus? Pq eu escolhi isso pra mim? Eu não acordo mal humorada, é verdade. Mas às 6 horas da manhã meu corpo ainda não responde com a mesma eficiência do que às 9, por exemplo. E eu tenho sim, muita energia. Mas pra ser sincera eu gosto mais de acumulá-la para gastar dançando forró de quarta a noite. E aquelas contagens e mixes pré-coreografados? Olha, eu danço há anos, sempre fui boa de decorar coreografia, pegar passos e todo o resto, mas estas simplesmente não fazem sentido na minha cabecinha!

Fora que entre a atividade e o ócio, eu prefiro o ócio. Entre o barulho e o silêncio, eu fico com o silêncio. E entre qualquer movimentação, eu dou preferência a que tiver maior economia de energia...rs

Eu sou sim, uma pessoa que gosta muito de ensinar. Mas eu não nasci para ser heroína. Daqui saí no máximo uma mulher semi-maravilha...rs

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Criaturinha do Coração

Vocês já pararam para pensar que pode existir alguém que goste muito de você e que você nem imagina?
Que neste momento pode ter alguém pensando carinhosamente em você e sorrindo?
Que alguém te cita como exemplo em suas histórias, se lembra de você em pequenas coisas diárias e que deixa o pensamento ir longe antes de dormir, imaginando o que você deve estar fazendo, pensando ou sonhando?

Eu sei que parece meio poético (e não muito sério), mas é verdade. Eu comecei este post pensando em uma pessoa...

Uma pessoa...
Que eu gosto muito.
Que eu penso com frequência.
Que eu lembro antes de dormir.
Que eu desejo que se encontre e seja realmente feliz.

Uma pessoa, que não tem a menor idéia disso. Que nunca vai ler este post. E que provavelmente não se importa.
Mas é isso, afinal, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...

E a minha frustração acaba quando eu penso que eu nunca escondi isso, sempre tentei mostrar e demonstrar, mas que há pessoas tão receosas no mundo que não conseguem acreditar que quem está batendo na porta é a felicidade e não o bandido da esquina.

E se for? rs

domingo, 7 de fevereiro de 2010

The life like this

Desculpa, mas... a vida é assim mesmo?

Pq sei lá, eu estou muito triste. Será que todo mundo casa, muda de idéia e depois separa? Será que todo mundo tem que trabalhar desumanamente para conseguir ter uma casa bonita e férias na praia? Será que todo mundo vive com medo das coisas e das outras pessoas? Será que o respeito ao tempo dos outros, a soliedariedade, o amor, a fidelidade são coisas que criamos na cabeça e que no fundo, não existem de verdade?

Eu sou cheia de medos. Tenho inúmeras frustrações. Eu adoro não fazer nada. Eu me sinto culpada por não ganhar bem e também por não ter certeza do que quero da vida. Eu estou bem cansada de tudo. E eu, sinceramente, não gostaria que a vida fosse assim.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O que faz você feliz?

Post especial de comemoração!

Eu ia comemorar no post nº 100, mas eu acabei me apegando a esta idéia de 101. Enfim, hoje escrevo aqui muito mais do que para cumprir o item 94 da minha lista de 101 coisas em 1001 dias, hoje estou aqui para realmente pensar no que me faz feliz!

Inspirado em Fracionário e na propaganda do Pão de Açúcar


E aí estão 10 das 101 coisas que me fazem REALMENTE feliz:

1. Me sentir bonita
2. Comer sem culpa
3. Dançar
4. Olhar em volta e ver amigos
5. Elogios sinceros
6. Tempo para poder dormir mais
7. Abraços carinhosos
8. Receber mensagens no celular
9. Escrever
10. Rir

E você? O que faz você feliz?


A lua, a praia, o mar
Uma rua, passear
Um doce, uma dança, um beijo
Ou goiabada com queijo

Afinal, o que faz você feliz?