domingo, 10 de janeiro de 2010

Mundo de Negócios

Bem, para falar a verdade eu acho que eu nunca tinha reparado nestas coisa de ambiente corporativo até eu conhecer o Fê. Nunca tinha parado para pensar nas grandes empresas que controlam o mundo e quem trabalha nelas. Nunca tinha dado devida atenção aos engravatados por aí. E por respeitar muito todas as profissões e sempre valorizar todos os ofícios, não pensava no número de dígitos que compunham o salário deles. E pra falar a verdade, eu era mais feliz com a minha ignorancia.

Conhecer este mundo me fez pensar muito diferente. Sei lá, me percebi um pouco inútil diante da movimentação financeira do país. Isso fez com que eu me sentisse aquelas meninas alienadas que vivem em seu mundinho cor-de-rosa, puramente fitness e que só se preocupa com um bumbum durinho, enquanto tem alguém lá, sentado em um escritório resolvendo os problemas políticos, financeiros e sociais de toda a humanidade =O

Deprimida! É assim que eu fico quando penso uma coisa destas. E parecia irremediável. O que vou fazer da vida agora (aos 22 anos e faculdade terminada) que me descobri inútil para sociedade? Quando eu reconheci que eu não sou responsável por 0,0000000000001% da movimentação do PIB! Que se eu falto no trabalho ninguém perde nem um real!

Mas é óbvio que eu não me pus em sossego enquando não entendi a coisa toda. Eu não teria sido tão tapada ao escolher uma profissão inútil a quatro anos atrás, teria? Então eu fiz aquele bom e velho retrospecto sobre o que me levou a ser professora. E pasmem, agora que eu lembrei de tudo estou muito feliz com a escolha que fiz. Muito mesmo.

Não há nada que eu considere mais nobre do que a arte de ensinar. Se toda aquela galera está lá engravatada e mexendo nos milhões do mundo é porque em algum momento alguém ensinou aquilo para eles. Alguém teve paciência de ensiná-los. E digo mais, alguém os ensinou a ler e escrever, alguém os ensinou a fazer continhas, alguém os ensinou bons modos, socialização e todo o resto. E este alguém era um professor.
Eu sou da Educação Física, mas antes de tudo eu sou uma educadora.

Além disso, são estes engravatados que vão morrer do coração, ficar sedentários e barrigudos se eu não estiver lá para ensiná-los a se mexer e tornar isso absurdamente motivante.

E quando eu falto no trabalho alguém sente minha falta pq eu sou uma pessoa e não só uma ferramenta de movimentação estatística e financeira. E se eu falto no trabalho, alguém pode se lesionar e não só perder dinheiro, mas perder saúde e tempo, que são bem mais valiosos.

Eu me sinto bem por não enxergar as pessoas como cifrões e sim como humanos. Como gente, que é o que elas realmente são.

Mas bem que meu salário poderia ser igual ao dos engravatados...rs

2 comentários:

Mônica disse...

Vc sabe que sou uma fiel leitora do seu blog rs e adoro o seu estilo literário rsrs... e mais, me espelho mt no seu blog pra conseguir escrever um pouco no meu rs!! Maaas, preciso dizer... Sem dúvidas esse post foi um dos seus melhores, adorei...

E é isso aí, valorize o seu trabalho pq é oq VC escolheu e só vc pode fazê-lo melhor (ñ só vc, eu sei rs, mas depende mt de vc, entende?rsrs)... Ñ desanime por receber o salário de uma fitness ao invés do salário de um engravatado rs.... Bjo, te amoo

Yico disse...

AHHH lindo esse post! Adorei tmb!!! Eh pelo mesmo motivo q eu quero ser professora!
Soh acho lamentavel que nao seja dado o devido valor a esses profissionais, q sao a base da educacao...
Bjus