segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Da Simplicidade da Vida

Um dos lugares em que eu trabalhei nos últimos tempos é um mercado-empório muito chique. Lá encontram-se os uísques mais requisitados, os famosíssimos chocolates belgas, as frutas mais selecionadas e uma infinidade do que há de melhor tratando-se de consumo. Este lugar fica na Cidade Jardim, o retiro dos ricos a beira do fétido Rio Pinheiros.

Bem, isso pouco interessa. Por que o que é importante mesmo é que nas aulas eu atendia os funcionários. Gente simples, que vem do Capão Redondo, que dá um duro danado e que não tem frescura.

E eu? Bem, eu também não tenho.

Por que nós optamos pela mortadela ao invés do salame mais caro. E preferimos um queijinho branco ao caríssimo brie. E pq o vinho de 3 mil reais se misturado a um abacaxi e a uma lata de leite condensado, vai resultar na mesma espanhola do que se eu usar um chapinha.

E não é que eu não tenha paladar (se bem que devo confessar que este é um atributo que veio em déficit na minha fabricação), mas pq eu simplesmente acho que a real diferença da vida e o caminho da felicidade estão em como você enxerga as coisas, e não no quanto elas custam. Afinal serenidade não tem preço.

"Quem é sereno tem sempre motivo para sê-lo, justamente este, de ser sereno. Nada que não seja a serenidade pode substituir com segurança e abundância outro bem. Se alguém quiser julgar a felicidade de um indivíduo rico, jovem, belo e honrado, que se pergunte se também é sereno; vice-versa, se é sereno, resulta indiferente que seja jovem ou velho, pobre ou rico: é feliz. Sendo assim, devemos abrir todas as portas à serenidade sempre que ela chegar, pois ela nunca é inoportuna." Arthur Schopenhauer

Um comentário:

Bianca Kubagawa disse...

Shopenhauer... meu filósofo preferido!!!