quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Por uma vida menos Rollercoaster

Há muito (como sempre) eu não deslizo meus dedinhos por aqui. Há muito venho pensando em escrever, mas são tantos temas e reflexões que até eu mesma me perco. Mas como eu costumeiramente digo; este cantinho é meu. Ele não publicidade, nele eu não sou princesa, nele eu desabafo e coloco o que eu sou verdadeiramente. Mais do que uma foto ou uma medalha, eu sou o que eu penso e também o que eu sinto. É até engraçado dizer, mas alguém que lê meu blog pode dizer que me conhece melhor do que alguém que convive comigo diariamente. No dia a dia eu tenho uma casca de trabalho, de aparência e um pouco exibicionista. Aqui eu não quero impressionar ninguém, só quero desabafar e fazer o meu leitor viajar dentro do meu maluco e conturbado mundo =)

Bem, eu tenho vivido um momento muito novo, em que eu pela primeira vez abri mão das certezas e decidi trilhar um caminho próprio e sem bengalas. Como diria a Flávia, uma jangada velha e furada indo pro mar aberto. Mas esta sou eu, por fim, não? Alguém com imperfeicões, cheia de medos, mas tambem cheia de vontade de aprender e ser melhor do que ontem. Abrir mão das minhas certezas (financeiras, afetivas e especialmente psicológicas) me doeu e me dói um bocado. Eu sempre me senti alguém muito sozinha no mundo, sempre me senti deslocada e inadequada e há tempos eu lido com esta situação, visto que ela é um pouco corriqueira; eu tenho uma fachada que (quase) todo mundo aceita e admira e posso ficar aqui dentro da casinha com as minhas viagens cósmicas e fenomenais (dentro de uma lampadazinha! By Gênio do Alladin), com minhas músicas, livros e lágrimas.

Mas ter seus próprios sonhos e próprias metas, particulares, únicas e individuais, é que traz a transformação. E viver o sonho de outra pessoa pode ser belo, mas por fim, não é real. Eu vivi esta experiência dos dois modos, e sei que no fim, nascemos e morremos sós, então por mais bonito que seja não dá para esquecer, nem por um único instante, de que você é indivíduo, e que aquele sonho de princesa regado a existência simbiótica é só sonho, e não tem como ser real. Alguém sempre sai incompleto e machucado.

E é por isto que eu estou aqui, tentando me recordar quem eu sou sozinha. Sem influências e sem bengalas. Tentando me lembrar que meu caminho próprio e as escolhas que eu fiz se baseiam em uma vida simples, saudável e tranquila. Aos olhos de alguns, um pouco sem graça, mas dentro do meu propósito, bem especial. Por menos montanhas russas de sentimentos e por mais paz interior.

2 comentários:

Well Damiao disse...

Nossa como você expressa bem sentimentos tão genuínos, cai aqui por um acaso pois você curtiu uma foto minha no insta me surpreendi!!
Parabéns

Anônimo disse...

Bela reflexão, continue escrevendo.