sábado, 21 de março de 2015

Saborzinho

Estou passando por um momento de transição intensa e tenho mudado e me recriado um bocado. Normal para uma pessoa como eu, que acredita tanto no Existencialismo Satreano e que tem a plena convicção de que o mundo é de dentro pra fora. Mas o mais engraçado é o modo com que estas mudanças estão acontecendo e como eu tenho me descoberto.
Depois do baque que eu levei esta semana, eu não teria outro caminho senão levantar, sacudir a poeira e recomeçar. Quer dizer, eu poderia sim ficar lá, estirada no chão até que alguém me levantasse ou me atropelasse, mas eu não sou muito da auto-piedade e muito menos da dependência. Está difícil? Está. Mas só eu mesma posso escolher os caminhos e só eu mesma posso mudar o rumo da minha vida.

Porém, das grandes mudanças acontecendo hoje eu quero abordar apenas uma: paladar! Bem, não é novidade pra ninguém que eu amo falar de comida. Aliás, eu amo comer, amo experimentar, amo cozinhar e acho que a comida envolve cultura, envolve amor, envolve muitos sentimentos e emoções. Poderia falar sobre a minha falta de apetite recorrente diante de adversidades, ou do meu pequeno descontrole alimentar diante da ansiedade. Mas eu quero falar da alteração do meu paladar e das novidades dentro disto.

Há cerca de um ano atrás eu decidi não comer mais carne vermelha. Assisti os vídeos sanguinolentos de matança animal e decidi começar a fazer a minha parte. Sinceramente, a carne vermelha quase não me faz falta. E hoje eu trato este assunto de maneira bem flexível, pois eu evito a carne vermelha, mas se tiver que comer, comerei, contudo dispenso sem cerimônias um bifinho, por mais cheiroso que seja. Pretendo também parar o frango e quando a rotina ajuda, faço sempre a opção por peixe. O peixinho ainda não imagino parar. Podem julgar sem sentido, mas eu não fui tocada ainda por este lado. 

Enfim, o meu paladar mudou muito depois disto. E eu venho numa tentativa constante de acostumar meu corpo e a minha mente com as melhores e mais saudáveis opções. Há bastante tempo eu reduzi drasticamente o consumo de sal. Introduzi chás no meu dia a dia de uma forma fantástica e linda, pois eu odiava chá e hoje é muito raro o dia em que não consumo ao menos uma xícara, seja geladinho ou quente. 

Amo pensar nisto e constatar que podemos alterar o que quisermos dentro de nós. Não acredito naquele papo de "o meu eu verdade", "sou o que sou", ou "minha essência". Pra mim estamos em constantes mudanças e o que mais importa é quem eu escolho ser. Seja provando um novo sabor ou alterando um velho hábito.

Mas para a minha surpresa, algumas mudanças são simplesmente despertadas, sem muito esforço! Recentemente eu comecei a ter vontade de certos alimentos que nunca me apeteceram. O primeiro deles foi queijo. Sei lá, nunca fui super chegada, e de uns tempos pra cá tenho tido vontade de colocar queijo em tudo! Seja um queijinho branco num sanduíche ou algum queijo derretido em uma torta ou qualquer outro prato. E depois veio o coco! Ralado, no sorvete, em doces e especialmente na cocadinha diet! kkk

Além disto, eu tenho tido muito mais sede nos últimos tempos (primeiramente água, e a quantidade de vezes que vou ao banheiro pra fazer xixi não me deixa mentir) e muito mais vontade de consumir alimentos líquidos, sejam sopas ou shakes. E a última grande alteração foi; arroz com feijão! Acho que como fiquei mais triste nas últimas semanas, o meu cérebro quis algo que o alegrasse rapidamente. Carbos de alto índice glicêmico! E eu que nunca fui super fã desta tradicional combinação brasileira, agora me vejo procurando na buffet onde está o feijão e se possível uma farofinha também! kkk Bom momento, pq agora retomamos a fase de bulking e bora comer para ficar fortinha! =P

E se até os meus hábitos alimentares mudaram, até parece que eu não vou superar esta última decepção. Princesa sim, mas uma princesa bem guerreira.

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