...Eu sou mesmo exagerado. Adoro um amor inventado." - Cazuza
Hoje, durante todo o dia, eu me flagrei filosofando sobre um traço da minha personalidade; a hiperbole.
Td pra mim é sempre muito. Eu tenho a impressão de que os meus sentimentos são bem maiores e mais fortes. As minha sensações mais a flor da pele. As minhas paixões mais avassaladoras. Os meus medos, os maiores do mundo. Os meus desejos, emergenciais. As minhas dores, lancinantes.
O meu coração já se acostumou a disparar. As borboletas passam as férias de inverno e de verão no meu estômago. A garganta vive seca, as mãos vivem suadas e as pernas, bambas.
E acontece tudo num espaço tão curto de tempo que eu não sei onde começa e onde termina.
E eu fico tão perdida nestas ocilações que eu já nem sei mais onde vou parar.
Eu sei, cognitivamente, que a minha busca é no equilíbrio, no foco, no eixo e na paciência. E eu tenho trabalhado com afinco para melhorar. Mas é uma luta constante domar este leão que vive dentro de mim. Confesso que durante as dores, dá vontade de fugir sem rumo, sem direção e em altíssima velocidade. Mas ainda desconheço prazer que se compare ao furor dos meus contentamentos =)
É isso; o preço que se paga...
"Exagerada toda a vida: Minhas paixões são ardentes. Minhas dores de cotovelo, de querer morrer. Louca do tipo "desvairada". Briguenta de "tô de mal pra sempre". Durmo treze horas seguidas. Meus amigos são semi-irmãos. Meus amores são sempre eternos. E meus dramas, mexicanos." - Clarice Lispector
(Obrigada Tico por me apresentar este trecho. Perfeito para nós (!!!) e muito esclarecedor)
(Obrigada Tico por me apresentar este trecho. Perfeito para nós (!!!) e muito esclarecedor)
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