segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pinóquia

Eu já contei muitas, mas muitas mentiras na vida e acho que até desenvolvi um lado meio atriz.

Já precisei mentir igual todo mundo em trabalhos de escola, em sonecas extras mascaradas por atrasos de trânsito ou por vergonha. Mas foi por causa da minha mãe que eu me aperfeiçoei nesta arte.

Ela tentou me prender muito na adolescência. Que foi em vão é quase desnecessáro dizer. E para escapar das algemas da Bolinha eu mentir sobre as coisas mais diversas. Colegas de classe passaram a ser as melhores amigas inventadas e as casas delas as que eu mais frequentei na vida. Trabalhos de escola simples se tornaram absurdamente complexos e os ônibus tiveram uma fase terrível, em que só quebravam ou estavam em greve.

As faltas na escola eram contabilizadas com esmero, para jamais, em hipótese alguma, ultrapassarem os 25% permitidos e assim, cartinhas de aviso passarem a ser enviadas ao lar doce lar.

Depois de adulta eu menti para alguns namorados e também para alguns amigos. Algumas vezes para enganá-los e em outras para protegê-los. Mas pra quem eu mais menti nos últimos tempos foram para os meus chefes! E geralmente, por mais estranho que possa parecer, para trabalhar.

Eu já falei sobre esta temática em um post lá atrás, mas é muito tentador em alguns casos. As vezes pegar dois trabalhos no mesmo dia, as vezes batalhar um cachê melhor, as vezes ludibriar um entrevistador para conseguir o emprego que você quer ou muitas vezes para se safar de uma responsabilidade.

Eu não gosto de mentir. Mas não gosto meeeeesmo!
Eu fico muito mal antes; sinto uma espécie de culpa misturada com ansiedade, minha frequência cardíaca vai nas alturas e eu fico horas com nós na garganta.

Mas eu tenho um outro olhar que não o condenador a respeito dos mentirosos... Em geral as pessoas não estão preparadas ou não querem ouvir a verdade, e simplesmente nos obrigam a mentir!

Se fossemos todos mais tolerantes certamente o percentual de mentiras iria diminuir substancialmente. Pq é muito confortável falar a verdade. Só que diante de tantos bloqueios e inquisições, uma mentirinha de vez em quando acaba caindo bem e sendo a melhor saída... =)

E aí, será que meu nariz cresce ou não cresce?!

2 comentários:

Rafa Mirra + conhecido como (abandonado pela Cinthia que resolveu sumir). disse...

Não sei se o seu nariz vai crescer. Mas eu, particularmente, prefiro uma verdade fedorenta do que uma mentira cheirosa. E não concordo com esse negócio de "as pessoas nos obrigam a mentir por não estarem preparadas para ouvir a verdade". Isso é desculpa de quem mente. A verdade é a verdade, independente de a pessoa gostar, ou não, dela. É melhor um chato verdadeiro do que uma legal mentiroso, afinal, a verdade não vai nunca nos desmentir. Essa é minha opnião. Eu poderia mentir pra te agradar, mas, prefiro optar pela minha verdadeira opnião e ser meio chato do que concordar com o post e ser um cara legal, rs.

Ci disse...

hahaha, e não é que eu gostei da sua verdade descarada? =)
Saudadesssss Rafinhaaaa!